Parou no meio da estrada, sem que ninguém escolhesse o trecho. Dentro do meu egoísmo atemporal, "incronológico", não sou capaz de situar. Que parte do caminho os raios de sol vão iluminar primeiro? Onde está o avesso? Onde está o certo? Pra que lado está o mar?
Numa linguagem distante, só é possível entender que o de dentro faz parte do de fora. Vivi o que não vivi, joguei cartas que não joguei num tempo que não pode ser chamado de passado, presente, nem futuro. Respiro momentos não meus, que nasceram antes de mim. Desloco o tempo, as cores, os aromas e lugares.
O caminho? Não sei. A estrada? Perdi. As histórias? Estão por ai, desorganizadas sem saber onde despertar. São simultâneas e distantes, embora escritas por uma mesma tinta.
Sorteio as palavras, escrevo o MEU avesso, pulo overloques, nada de linhas! Pontuo espaços aleatórios, perdidos. Permito que desvende tudo, mas falo apenas o que sou capaz, uns pequenos fiapos de som. Que fique guardado, que voe no avesso, que vire e revire ao lado comum.
É o antes, o depois, o sempre. Tudo no devido avesso do avesso do avesso do avesso...
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