Preciso de você.
Preciso que me diga
como anda a vida
após toda essa morte,
que me traga de volta o norte.
Que me descreva a sua visão,
que venha somar coração
onde já não bate vida,
que, porém, ainda pulsa
ao tempo que expulsa
pouco a pouco esse pesar
e induz a respirar.
Quero a tua opinião,
que me invada dos teus achismos
e que aponte todos os rumos
que é capaz de enxergar.
Use o lápis pra traçar,
delimite os caminhos,
fale, escreva, grite!
Eu ainda estou aqui,
quero aprender o possível
para me comunicar,
porque sei que estás aqui,
por perto, em algum lugar.