9 de novembro de 2009

Realidade.

Fiquei um tempo olhando a caixa, tentando trazer à memória todos os sonhos e lembranças que pudessem me levar a lembrar como abrí-la. Finalmente consegui. Há muito tempo não tinha uma sensação como aquela, era um medo e, ao mesmo tempo, uma vontade imensa de procurar aquela flor. Entre os tantos papeizinhos e moedinhas estrangeiras, lá estava ela, intacta. As mesmas folhas secas e, de forma estranha, a mesma vida, tão indefesa! Ainda dava para notar a sua cor, embora estivesse desbotada, lembrei do cheiro e de como era bela. Tirei da caixa e ela logo percebeu o sol, a luminosidade pareceu tocá-la sutilmente, como se a estivesse acordando com cuidado, para não ferí-la. Em minhas mãos, tudo começou a se transformar: novamente, a maciez inigualável das pétalas, cores em tons de azul e roxo e vida, muita vida!
Ela me pareceu dialogar com o sol e deixar todos os medos de lado por tê-lo ali, aah se eles falassem! Observei a conversa por alguns minutos e apesar de sem palavras, tudo ficou claro. Adormeci lentamente, até que o sonho finalmente começou.

2 comentários:

só podia ser filha de quem pra ser poeta assim?
 
do pai dela???? kkkkkkkkkkkkkkkkkk
ta no sangue isso né???

bjosssss
 

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