Vou no samba, meio bamba, com a cara e o coração,
Me misturo, caladinho,
Sambo, sambo, com carinho
Vou vivendo a água e pão.
Fico aqui nesse sambinha que é de uma nota só,
Vou tocando, vou dormindo,
Oscilando, descobrindo,
Pra que nada vire nó.
Entre os calos de seus dedos o samba foi a procura,
E além de toda tristeza,
encontrou tanta beleza
Que esqueceu a parte escura.
Ah, o samba veio a mim
Fez questão, me provocou
Me falou pra eu ir assim
Procurando o grande amor.
Pra quem conhece as músicas "Samba do grande amor" (Chico Buarque) e "Samba de uma nota só" (Tom Jobin)
29 de janeiro de 2010
20 de janeiro de 2010
Seu
Não, não cabe numa página de internet, não cabe num blog. Acho que não cabe nem mesmo dentro de mim. Enche, transborda, vai além. Além do que se vê, e do que NÃO se vê. Ocupa todos os espaços, e sobra. E falta também.
Está por todo lado, fugir não é uma opção. E, mesmo assim, fugir pra quê? Quero é ficar por aqui, nesse lugar, nesse abrigo de tantas certezas.
É um sopro surreal. Quero poder guardar numa caixinha, bem guardadinho e escondidinho, pra que só eu saiba onde está, pra que seja só meu o cheiro dessa brisa.
Lágrimas e sorrisos. Tão diferentes, mas tão semelhantes. Ah, minhas lágrimas são só sorrisos! São expressão dessa arte aqui de dentro. Dessa arte egoísta, minha! Só minha.
Medo? "Claro que não!". Amor, apenas amor.
19 de janeiro de 2010
Metaforicamente falando.
Alguma metáfora viva.
A vida-bem-viva de repente enxerga pedaços sendo jogados sobre si que poderiam ser tomados como pedaços de morte.
A metáfora, por sua vez, não só enxerga, como também mostra, faz com que aqueles que a leem, percebam que são pedaços de vida-muito-mais-viva, partes que confirmam a intensidade do nascer.
As marcas concretas, são só as cicatrizes. O depois vem cheio de impulso, força e coragem para pisar. Não, não só pisar, mas muito além disso, CAMINHAR!
A descoberta da confiança! Quando a metáfora risca de si o medo, confia. E caminha. De passo em passo, cheia de equilíbrio.
18 de janeiro de 2010
Um pouco de mim e das palavras.
Retorno.
Refazer, reutilizar, reestruturar, redesenhar (...)
Revolta? Re-volta? Ré, volta?
Por que será que a gente tem mania de olhar pra trás? Eu quero ver o que tá lá na frente. Misturar o que veio comigo e criar, fazer mais, somar. Só mar.
Preconceituar, premeditar, pressentir, preestabelecer (...)
Predominar? Pre-dominar? Pré-dominar?
Por que será que a gente se antecipa tanto ao invés de deixar as coisas simplesmente acontecerem? Eu quero permitir que a vida venha a mim. Olhar pra frente sim, manipular, jamais. Já mais!
Preparar? Pre-parar? Pré parar? Não, não.
15 de janeiro de 2010
Mistura - parte II
Quando não sei o que pensar, acabo escrevendo pra ver se meus dedos resolvem me dizer algo a meu respeito. Isso faz parte do auto-conhecimento, oras! É preciso falar pra si mesmo. Mas eu ando tão confusa que tô com dificuldades pra me dividir em duas e dialogar. Vai ver é por isso que tenho dormido tanto, na esperança de, de olhos fechados, encontrar esse alguém (que no caso da escrita são os meus dedos), mas só agora parei pra pensar que isso não é uma boa estratégia considerando que tenho probleminhas de memória. Quando eu acordo, já esqueci!
Talvez uma boa estratégia seja me inspirar em arthur e "monologar" como ele. Mas assim como ele disse: "não sou escritor, nem sou Luana", devo dizer: "não sou monologadora, nem sou Arthur". Acho que isso quer dizer que me ferrei. HAHAHA
Quero ir, tô indo, sei lá! Ah, acho que entendi... Me deixar ir?! Tô a fim de sair daqui. Mas quer saber? Também quero ficar. Já sei, já sei... Vem tu pra cá! QUÊ?
Ops, desculpa ai. Me "empolguei" e surtei :P
ps. acabou sendo uma continuação do post anterior, né?
8 de janeiro de 2010
Mistura
Tenho pensado muito durante essas últimas semanas, em muita coisa que eu acho que seria interessante de colocar aqui. O problema é que eu não sei escrever, sabe? Meus pesamentos andam meio bagunçados, acho. Meio misturados, sabe? Me perdoa por não estar compartilhando, não é egoísmo, mas a maioria das coisas que tem surgido na minha cabeça, eu não sei escrever, estranho, né? Isso é ruim pra mim. Expressar pensamentos, ou melhor, praticamente cuspi-los, me faz muito bem. Ando angustiada por olhar pra essa árvore que plantei e não saber regá-la.
Sei lá, tenho achado a vida parecida com um aeroporto, sabe? Cheia de despedidas, encontros e reecontros (e, com certeza, muitos voos e muitas viagens, né, LUANA-louca?). A diferença é que o aeroporto é dividido em setores, andares, enquanto a vida... Ah, a vida mistura tudo, não só as coisas concretas, mas também essa explosão de abstração indescritível, como a que anda rodeando a minha cabecinha ;)
(Pausa para pensar em como transformar mais alguma coisa em palavras).
Tá. Acho que pausas não são tão construtivas. Acabei me perdendo em mim mesma. Sr. Raciocínio, vem cá, preciso de você! Drogas, tá perdido. Não consigo mais organizar nada e, como sempre, meu caro leitor (imaginário), isso vai sobrar pra você que novamente vai ter que me desculpar!
ps. aprendizado de hoje: pausas são coisas muito feias e não merecem credibilidade.
pps. espero conseguir dar continuidde a esse post!
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